Esta publicação integra as atividades do projeto Teses e Dissertações do Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. O projeto consiste em uma iniciativa motivada pela atribuição, por parte da CAPES, através do PROEX, de recursos orçamentários destinados à consolidação do Programa. Representa uma importante diversidade em termos de períodos e gêneros literários, bem como em abordagens metodológicas e modalidades de discurso crítico.
A linguagem dos meios que compõem a assim chamada “cultura de massa” (jornal, rádio, televisão, cinema e literatura de grande alcance popular) é uma das vozes mais presentes no interior das narrativas do autor escolhido. O diálogo com esta forma da linguagem confrontada com as formas mais eruditas e convencionais da chamada alta cultura, é definidor do estilo da prosa literária de Rubem Fonseca.
A metafísica e a intertextualidade intrínsecas à proposta narrativa de Fonseca foram tomadas na condição de foco central da análise sociológica implementada, circunscrita ao âmbito das obras publicadas entre os anos 60 e 80, as três primeiras décadas da carreira do autor como ficcionista, por motivos internos e igualmente externos ao terreno literário propriamente dito. Tal recorte justifica-se em virtude do cenário histórico mais amplo, pois abarca exatamente a fase de vigência da ditadura militar brasileira, cujas determinações arbitrárias no terreno cultural incidiram diretamente sobre a literatura de Fonseca, que teve a coletânea de contos Feliz Ano Novo, publicada em 1975, censurada no ano seguinte.
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