Reuniram-se vários fatores para tornar o livro de Pablo Castanho Uma introdução psicanalítica ao trabalho com grupos em instituições uma novidade benvinda na biblioteca brasileira de psicanálise. O tema é de interesse e oportuno: há um interesse multifacetado que inclui, evidentemente, psicanalistas, mas também outros profissionais da saúde mental, da educação e do trabalho em grupo em instituições; é oportuno, pois trata da potência do pensamento psicanalítico em áreas muito mais amplas que os enquadres clínicos padrão em que a psicanálise é exercida. Sem desprezar o valor terapêutico da psicanálise clínica, não é exagero afirmar que o futuro desta disciplina depende largamente do que ela pode oferecer nestas áreas de interface, como a focalizada por Pablo Castanho […]. (Luis Claudio Figueiredo)
Pablo Castanho faz um trabalho muito interessante ao articular a Escola Francesa de Grupos com a obra de Enrique Pichon Riviére. O texto traz aquilo que é o mais importante na obra desse grande autor latino-americano: como ele, através da centralidade do conceito de tarefa, coloca a psicanálise no mundo das mais diferentes instituições públicas, privadas e do terceiro setor, criando uma clínica que circula com muita facilidade entre o consultório e a cidade. Isso é possível, como nos coloca Pablo Castanho com muita precisão, quando entendemos que o aspecto central da transferência se dá com e na tarefa, que pode ser a análise individual, grupal, a pesquisa psicanalítica, a capacitação de equipes, o desenvolvimento de projetos, enfim, o que temos hoje em nosso mundo contemporâneo. Penso que esse é o lugar do psicanalista. (Jorge Broide)
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